Publicado em 02/06/2025
Por Elena Souza
Há 128 anos, no dia 20 de julho, era inaugurada a Academia Brasileira de Letras (ABL). Sediada no Rio de Janeiro, a instituição cultural foi idealizada no final do século XIX por grandes nomes da literatura que, inspirados pela Academia Francesa, propuseram a criação de uma academia literária nacional.
As primeiras manifestações em favor da criação de um Academia como essa partiram dos autores Afonso Celso Júnior e Medeiros e Albuquerque. Lúcio de Mendonça adicionou a proposta de que a instituição fosse criada sob a proteção do Estado, iniciativa que não obteve sucesso em razão das esquivas do poder estatal. A Academia Brasileira de Letras surgiu, então, como uma instituição independente.
Antecederam a sua inauguração sete sessões preparatórias, que foram realizadas entre 15 de dezembro de 1896 e 28 de janeiro de 1897. Durante o período, as sessões passaram a contar com um número cada vez maior de escritores, que davam coro à criação da ABL.
Ainda na primeira sessão — realizada na redação da Revista Brasileira, na época dirigida por José Veríssimo — o grupo definiu Machado de Assis como presidente da Academia. Já no último encontro preparatório, o grupo era composto por 30 membros, que indicaram mais 10 figuras para que fosse completado o quadro de 40 acadêmicos, assim como na Academia Francesa. Também já estavam estabelecidos os outros cargos — além da presidência, destinada a Machado de Assis — ocupados da seguinte forma: Joaquim Nabuco, secretário-geral; Rodrigo Otávio, 1º secretário; Silva Ramos, 2º secretário; e Inglês de Sousa, tesoureiro.
Finalmente, a sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras aconteceu no dia 20 de julho de 1897, em uma sala do Museu Pedagógico Nacional — Pedagogium (fechado em 1919), na Rua do Passeio, centro do Rio de Janeiro.
Atualmente, a ABL é composta por 40 membros efetivos e perpétuos, e 20 sócios correspondentes estrangeiros. Desde 2022, a presidência da Academia é ocupada por Merval Pereira, jornalista e escritor brasileiro.
A BBM abriga obras de muitos membros da Academia, com destaque para aqueles que articularam à criação dessa importante instituição cultural cuja atuação é fundamental para a preservação e o incentivo a língua e literatura nacional.
Na BBM digital, é possível realizar a leitura de obras de Afonso Celso Júnior, Lúcio de Mendonça, Joaquim Nabuco, Rodrigo Otávio e de uma vasta coleção das primeiras edições de obras publicadas por Machado de Assis. Um dos exemplares disponíveis conta, por exemplo, com uma dedicatória manuscrita por Machado de Assis a José Veríssimo.
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*Texto elaborado com base em informações do site oficial da Academia Brasileira de Letras.